sexta-feira, 9 de maio de 2014
Rádio e televisão em poder de grupos religiosos
Não gosto de entrar em discussões religiosas. Por uma razão simples:
em se tratando de religião, cada um que tenha a sua, no caso de optar por uma, e que se respeite isso.
Ponto. Posso discutir eventualmente o que a partir dela esteja se debatendo, mas a respeito dela de forma específica, não. Mas essa situação de arrendamento ou da venda de rádios e canais de televisão para
grupos religiosos é uma questão que precisa ser avaliada. Por definição, a radiodifusão é um serviço público. Por tanto, deve estar a serviço de toda a
população e não atendendo a interesses particulares de qualquer natureza. Mas
se é para os grupos religiosos também explorarem o serviço de radiodifusão, que se
legalize então. Só assim se poderá colocar ordem na coisa. Há denominações religiosas que transmitem suas programações em mais de um canal de televisão ou emissora de rádio ao mesmo tempo. É fato. Não se ver com bons olhos o monopólio de empresas
de comunicação em relação a grupos empresariais do setor, imagine agora
convivermos com grupos religiosos monopolizando um serviço que é público. É um
absurdo o país não ter uma legislação que proíba isso. O que existe na verdade
é uma lei "caduca", que é dos anos 60. Ela proíbe a venda de horários
a terceiros, além de vetar também que uma emissora de televisão tenha mais de
25% de sua grade em publicidade, mas essa lei, assim como tantas outras no
Brasil, simplesmente vem sendo ignorada ao longo de décadas. Mais que uma
opinião, é uma constatação. Registre-se.
12 Comentário(s)
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Números telefônicos de utilidade pública no Brasil
- Delegacias Regionais do Trabalho - 158
- Informações sobre oferta de emprego (Sine) – 157
- Serviço Municipal – 156
- Serviço Estadual – 155
- Detran – 154
- Guarda Municipal – 153
- Ibama – 152
- Procon – 151
- Vigilância Sanitária – 150
- Justiça Eleitoral – 148
- Governo Federal – 138
- Transporte Público – 118
- Energia Elétrica – 116
- Água e Esgoto – 115
- Serviços ofertados pelas prestadoras dos Serviços de Comunicação Eletrônica de Massa – 106
- Serviços oferecidos por prestadoras de serviços móveis de interesse coletivo – 105
- Serviços ofertados por prestadoras de serviço telefônico fixo – 103
- Defesa Civil – 199
- Polícia Rodoviária Estadual – 198
- Polícia Civil – 197
- Polícia Federal – 194
- Corpo de Bombeiros – 193
- Ambulância – 192
- Polícia Rodoviária Federal – 191
- Polícia Militar – 190
- Disque- Denúncia – 181
- Delegacias especializadas no atendimento à Mulher – 180
- Serviços de Emergência no âmbito do Mercosul – 128
- Secretaria dos Direitos Humanos - 100
Paulo César, sua indignação é registrada com louvor, até porque se todas as religiões se voltarem a comprar radiodifusão em geral, nossos meios de comunicação tornar-se-ão um culto ecumênico 24 horas? Seria lavagem cerebral? Que opções passaríamos ter? Já está difícil selecionarmos bons e proveitosos momentos via mídia... imagine se isso se disseminar? Pessoalmente, prefiro meus livros, minhas leituras, mas não posso me isolar do mundo. E, isso que você aponta em seu blog é uma grande verdade. Parabéns pela reflexão.
ResponderExcluirAbraços.
Grato, querida Célia!
ExcluirEntendo e aprovo sua indignação meu amigo!
ResponderExcluirSuas idéias são sempre muito corretas.
Muito obrigado André.
ResponderExcluirPaulo César, querido amigo!
ResponderExcluirTenho postado uma vez por mês, que é quando consigo visitar os blogs dos amigos. Foi a maneira que encontrei de continuar com o blog, enfim.
Concordo totalmente. Penso como você, que deva existir uma regulamentação que legalize. E, sim, é para ser um serviço público, mas que está nas mãos de grupos privados com interesses particulares, que, na maioria das vezes, são muito distantes do que o público necessitaria.
Excelente pauta e texto, como sempre! Bom ter retornado aqui!
Grande beijo e ótimos dias!
Minha querida Cecília, grato pelo elogio que me faz. Um beijo no seu coração.
ExcluirIsso deveria ser proibido.Daqui a pouco não vai ter mais nada na TV a não ser palanques 'evangélicos'.Eles amam a arte,né?Se não bastasse invadirem os cinemas,agora,estão invadindo a TV e rádios com suas atuações melancólicas.Tem que ter ordem mesmo nessa bagunça generalizada.
ResponderExcluirBeijão,PC!Ótimo texto!Dani.
Um beijo no seu coração, querida Dani.
ExcluirPaulo, uma ótima discussão, e concordo contigo, um absurdo essa banalização em que se tornou a comercialização de venda de canais, e, no que tange à esses canais religiosos, aí é que a coisa complica, pois geralmente são canais neopentecostais como a Universal, e também horários arrendados a outras igrejas neopentecostais com uma programação que beira o absurdo, com uma apelação baixa e barata mercadejando o evangelho de forma banal e sem critérios, o que faz com que as pessoas tenham ojeriza de coisas relacionadas ao evangelho ou coisa parecida.
ResponderExcluirUm grande abraço.
Sua reflexão através do que comentário que faz, só acrescenta a essa publicação, meu caro Paulo. Um grande abraço.
ResponderExcluirIndependente de religião todos somos fadados a uma unica questão: O que Deus espera de nós? vc pode ser um ex pecador e se sentir aliviado quando paga uma mensalidade para seu pastor? Pode, explica a vontade em vc se tornar uma pessoa melhor ou arrecadar mais fundos para eliminar os pecados? Na Biblia esta explicita que o ddizimo era feito pelos comerciantes que davam 10% de seus ganhos em especimes e depois destribuiam na corja... Quem plantava trigo, 10%, quem tinha porco 10% e por ai vai... e todo mundo usava
ResponderExcluirÉ como eu disse no texto aqui publicado: não gosto de entrar em discussões religiosas. Religião; cada um que tenha a sua, no caso de optar por uma, e que se respeite isso. Ponto. Posso discutir eventualmente o que a partir dela esteja se debatendo, mas a respeito dela de forma específica, não. Muito obrigado por sua presença nesse nosso espaço de ideias. Volte sempre.
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