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sábado, 4 de abril de 2015

O menino que a violência não deixou viver

A morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira, 10 anos, ocorrida na quinta-feira (2) no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, deveria fazer o Brasil se sentir envergonhado diante do mundo em razão do terrível acontecimento que originou a morte brutal do menino. Entretanto, esse fato, por mais terrível que seja, e é, não vai fazer nosso país se sentir envergonhado. E sabe por quê? A violência se tornou banal aqui. Nos acostumamos com ela. Aceitamos resignadamente a violência que nos cerca como parte de nosso destino. O reflexo disso pode ser visto na própria imprensa. A violência não é mais um fato que mereça as primeiras páginas de um grande jornal, repercussão na internet, ser assunto principal nas emissoras de rádio e televisão. A morte do menino Eduardo é só mais um caso que entrará para as estatísticas. Nada mais que isso, infelizmente. Eduardo, uma criança ainda, sai da vida de forma violenta e covarde para simplesmente virar número. Deveria ser motivo de vergonha para o Brasil a morte de uma criança atingida na cabeça por um tiro de fuzil na segunda maior cidade do país; naquela que é a mais conhecida capital brasileira no mundo. 

Lamento muito a morte dessa criança na forma como se deu e me solidarizo com a dor de sua mãe e de seu pai. Quero viver num país onde crianças e a população de um modo geral não morram mais da forma como estão morrendo. A morte de uma criança atingida por um tiro de fuzil na cabeça, absurda e inaceitável, não pode ser tratada como um assunto banal. É fato para interromper a programação de uma grande emissora de televisão num plantão de jornalismo em horário nobre, assim como a morte do filho de uma autoridade política também é. No entanto, a morte de inocentes vitimas da violência descontrolada no Brasil acontece quase que diariamente, o que a tornou banal, enquanto a morte de filhos de autoridades políticas em circunstâncias trágicas surpreende por não acontecer com frequência. Dói saber que mais uma criança foi vítima da sangrenta violência que nos atinge, mas essa dor é ainda maior por saber que o menino Eduardo provavelmente não será o último a morrer dessa maneira. É a minha opinião.
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