segunda-feira, 16 de novembro de 2015
A tragédia de Mariana e o massacre de Paris
Tenho
acompanhado nas redes sociais os mais diferentes comentários a respeito
do fato que tem monopolizado nesses dias o noticiário da mídia
brasileira e mundial, os atentados terroristas ocorridos em Paris na
última sexta-feira (13). 129 Pessoas morreram nos ataques, das quais 109 foram identificadas e 99 encontram-se em estado grave. Entre as vítimas dos ataques, dois são brasileiros, que receberam tratamentos médicos e se recuperam. Muita gente tem criticado a imprensa brasileira
por dedicar um gigantesco espaço a esse acontecimento e não ter tratado
de igual modo situações como a tragédia que ocorreu no dia 5 deste mês
em Mariana (MG), onde o rompimento das barragens de Fundão e Santarém
despejou 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério e água.
Centenas de pessoas ficaram desabrigadas. 7 Mortes estão confirmadas até
agora e 15 pessoas estão desaparecidas. Esse já é considerado o maior
desastre ambiental ocorrido em Minas Gerais. É importante dizer que
ainda não há uma explicação para o que aconteceu em Mariana, se foi
crime ou desastre. Dito isto, façamos uma reflexão então: não se pode
medir a dor das pessoas como se uma tragédia vivida por elas fosse menos
ou mais importante que a de outras. Aquela situação trágica em Mariana causou uma grande comoção, porém,
nacional. Por tanto, foi uma dor sentida só por nós, brasileiros; ao contrário do massacre de Paris, que foi uma dor compartilhada com o
mundo todo. Não quero com isso dizer que a dor vivida por
eles, os franceses, seja mais ou menos importante que a nossa. Talvez muitos pensem que o
fato de Paris ocupar espaço importante no cenário da geopolítica
mundial seja preponderante para que fatos impactantes como os atentados
terroristas ocorridos na capital francesa repercutam no mundo. É claro
que isso influencia de alguma forma. Não há como negar. Mas não é só
isso. Na verdade, só o fato de ser o terrorismo um dos maiores pesadelos
do mundo hoje, se não for o maior, já é razão suficiente para que tudo
que esteja ligado a esse assunto receba da mídia um especial destaque,
com repercussão mundial inclusive, como os atentados de Paris, por
exemplo. Tirando isso, a tragédia de Mariana e o massacre terrorista em
Paris são dores que devemos sentir, lamentar e prantear. Ainda não
inventaram um medidor para se saber qual é o tamanho de uma dor, seja
ela física ou não. Choremos sim, por Paris, e bastante, pois estamos
constatando que o homem é o maior predador de si próprio. Choremos
muito também pelas vítimas de tantas tragédias e massacres
acontecidos em nosso país, e que não são poucos, infelizmente. Mas, por favor, não
vamos ignorar a dor de nossos irmãos parisienses ou de qualquer povo
desse planeta como que pensando que a nossa dor é a que realmente
importa. Se pensarmos assim, o mundo, de fato, estará perdido. É a minha
opinião.
7 Comentário(s)
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Números telefônicos de utilidade pública no Brasil
- Delegacias Regionais do Trabalho - 158
- Informações sobre oferta de emprego (Sine) – 157
- Serviço Municipal – 156
- Serviço Estadual – 155
- Detran – 154
- Guarda Municipal – 153
- Ibama – 152
- Procon – 151
- Vigilância Sanitária – 150
- Justiça Eleitoral – 148
- Governo Federal – 138
- Transporte Público – 118
- Energia Elétrica – 116
- Água e Esgoto – 115
- Serviços ofertados pelas prestadoras dos Serviços de Comunicação Eletrônica de Massa – 106
- Serviços oferecidos por prestadoras de serviços móveis de interesse coletivo – 105
- Serviços ofertados por prestadoras de serviço telefônico fixo – 103
- Defesa Civil – 199
- Polícia Rodoviária Estadual – 198
- Polícia Civil – 197
- Polícia Federal – 194
- Corpo de Bombeiros – 193
- Ambulância – 192
- Polícia Rodoviária Federal – 191
- Polícia Militar – 190
- Disque- Denúncia – 181
- Delegacias especializadas no atendimento à Mulher – 180
- Serviços de Emergência no âmbito do Mercosul – 128
- Secretaria dos Direitos Humanos - 100
De Tudo Um Pouco Minha Opinião
ResponderExcluirA tragédia de Paris, de Beirute, e de tantas outras cidades, e a de Mariana advém tudo do mesmo. A humanidade parou de evoluir, no dia em que inventou o dinheiro, e descobriu o poder que ele dá. Por causa dele, o homem se esqueceu de Deus , e perdeu tudo o que havia de bom nele. Pelo dinheiro se fabricam armas, se armam fanáticos terroristas, que servem os seus interesses, pois, com os seus actos bárbaros, geram represálias, e quanto mais guerra mais armas se fabricam. Por ele os grandes empresários não tomam as medidas necessárias a evitar as catástrofes como a de Mariana, na ânsia de aumentar os lucros.
ResponderExcluirUm abraço e uma boa semana
Querida Elvira, grato! Suas palavras são verdadeiras e retratam a mais pura realidade.
ExcluirConcluo, Paulo César que o Planeta está doente e o diagnóstico é o "humano" que perdeu a sensibilidade de que traz em suas mãos a "VIDA" - maior de todos os dons que todos herdamos e nem sempre valorizamos. É a humanidade contra a humanidade! Bestial! Não importa o local: a origem é a mesma!
ResponderExcluirAbraço.
Concordo plenamente com você, querida Célia. Outro abraço para você também.
ExcluirAs pessoas querem é conversa.
ResponderExcluirAlguns podem até mesmo ter algum tipo de sentimento, mas a maioria quer mesmo é conversa.
Bela postagem amigo.
Grato, querido André!
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