Ricardo Teixeira, presidente da CBF solta o verbo e não mede palavras em entrevista a revista

Foto: Diario Lance

O país tomou conhecimento, principalmente o mundo do futebol de uma entrevista do senhor Ricardo Teixeira, presidente da CBF (Confederação brasileira de futebol) publicada na  revista Piauí. Entrevista concedida a repórter Daniela Pinheiro. Até aí, nenhuma novidade, não é verdade? Afinal, trata-se do presidente da principal entidade do futebol de nosso país. Poderia sim ter sido mais uma entrevista normal e até corriqueira de um cidadão que ocupa um cargo que leva na sua responsabilidade, a maior paixão do brasileiro, o futebol. A julgar pelas suas infelizes declarações, para não dizer irresponsáveis, de baixíssimo nível e com expressões vulgares, eu diria que o presidente da CBF deveria ter um comportamento mais moderado e centrado diante da relevância e equivalência do cargo que ostenta. Segundo a publicação, o dirigente disse sentir-se "muito mais leve" desde que parou de ver televisão e entrar em sites de notícias, e não poupou a Rede Record de televisão por ter exibido denúncias contra ele. "Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito na Globo. Só vou ficar preocupado quando as acusações saírem no Jornal Nacional", afirmou Teixeira. Ao se referir às denúncias de que é alvo, o dirigente chegou a dizer que "caga de montão" e não liga para elas. Em outro trecho da entrevista, o dirigente diz: "O neguinho do Harlem (bairro de Manhattan, em Nova York, EUA) olha para o carrão do branco e fala: quero um igual. O negro não quer que o branco se foda e perca o cargo. Mas no Brasil não é assim. É essa coisa de quinta categoria" - assim declarou Teixeira na publicação. O mandatário do futebol brasileiro demonstrou toda sua revolta com os meios de comunicação que publicam denúncias a seu respeito. Disparou críticas e ofensas a jornais, sites e redes de televisão. O dirigente chegou a classificar a imprensa brasileira como "vagabunda" e questiona, "Que porra as pessoas têm a ver com as contas da CBF?". Me parece declarações de alguém que se acha acima do bem e do mal. Aqui não quero entrar no mérito de ter ou não razão o presidente da CBF diante das acusações que sofre, me atenho apenas ao conteúdo descabido de algumas de suas declarações nessa entrevista. O presidente da CBF chega fazer ameaças de retaliações, como fica evidenciado nesse trecho da entrevista, onde diz: "Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Porque eu saio em 2015. E, aí, acabou." Bom, eu vou poupá-los de ler outras declarações como essa, apenas aqui reproduzi algumas para terem exata noção daquilo que estamos abordando. Eu gostaria muito de saber oque o presidente da CBF teria ou tem para falar diante de tais declarações. Lamentável!