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sábado, 12 de novembro de 2011

A lei é para todos, mas a tolerância é para alguns

Todo e qualquer ato delituoso, cometido por qualquer cidadão, seja ele quem for, deve ser punido ao rigor da lei. Afinal, a justiça é igual para todos, ou pelo menos deveria ser. No entanto, a realidade é outra.
Acusado de tentar furtar quatro latas de atum e uma lata de óleo, que, juntos, somam a quantia de R$ 20,69, um rapaz de 29 anos, recebeu uma condenação de 1 ano e seis meses de reclusão, em regime fechado, por chegar atrasado a uma audiência, na quarta-feira (09/11), no Fórum Criminal da Barra Funda, que fica na Zona Oeste da cidade de São Paulo. O rapaz, que mora na Zona Leste da capital e que por ser pobre, depende do transporte público, chegou atrasado na audiência por conta de problemas, justamente com o transporte público, isso, mesmo tendo saído de casa com mais de uma hora de antecedência. Sua prisão foi decretada de imediato e aconteceu na sua chegada ao Fórum. Mesmo num país com leis mais implacáveis, o que não é nosso caso, haveria mais tolerância nesse caso, levando-se em conta as razões e os motivos do atraso. Aí, fico, me perguntando: e os ricos e poderosos desse país, salvo algumas exceções, que são flagrados nos mais diferentes tipos de crimes e que mesmo assim, ficam livres, leves e soltos. Isso para não falar dos maus políticos, que se valendo de suas condições, assaltam um país inteiro e ainda zombam de todos nós. Para esses, a lei também existe, entretanto, o tratamento é outro. Quando presos, celas especiais e se condenados, quando são, respondem em liberdade. Imaginem vocês se houvesse aqui, a pena de morte. Ela também seria igual para todos?
Comentário(s)
10 Comentário(s)

10 comentários :

  1. Grande Paulo César!
    Enquanto nos demais países, Têmis, a deusa da justiça, usa venda para denotar que a justiça é cega, pois não faz acepção de pessoas, aqui, no Brasil, sua venda é para não ver as injustiças que são cometidas.
    Esse seu relato serve muito bem para comprovar que realmente só é condenado o ladrão de galinha.

    Sua matéria está extraordinária!

    Abraços!

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  2. Angústia e Ansiedade são os principais sintomas de toda uma sociedade, ainda que em número reduzido, que aguarda "que a justiça seja feita"... Como e quando, eis a sórdida pergunta! Pregamos no vazio, ou talvez, para surdos. Hipócritamente sentam-se no "banco acolchoado de penas de ganso" dos réus... sacam vultosas fianças de seus cofres particulares e, saem pela porta da frente, com seus motoristas e seguranças, dirigindo-se à farta alimentação de caviar, atum e azeite de primeira!
    É o país que temos, não o que merecemos!
    Valeu Paulo, por mais essa reflexão!
    Abraço, Célia.

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  3. Um absurdo..total...não sei nem o que dizer.

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  4. Oi, Paulo..
    * * Muito bom teu post, tocaste na ferida cruel que nos revolta tanto, a "Justiça do Brasil, "Cega, hipócrita...)
    Não temos muita esperança, eu* já perdi:
    -A minha maior indignação é o¨¨silêncio dos poderosos, aqueles que podiam mudar as leis , torná-las mais justas...enfim, esperemos...o sonho acontecer...'
    Já vi tantas situações iguais a esta!
    Uma senhora já idosa comeu um pedaço de chocolate, no mercado aqui perto, eu vi o segurança segurá-la com força e a levou para uma sala, fiquei pasma, todos ficaram horrorizados com a brutalidade do cara;
    Ih, falei demais!
    Bom feriado pra ti e teus leitores.
    Escrevi um post* agora,
    a tua opinião é necessária, "o que devemos jogar fora no lixo", essa é a questão, quando puderes vai lá, *beijão da Mery*

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  5. Olá Paulo,
    Em qualquer hipótese, sou terminantemente contra a pena de morte.
    Nossa Poder Judiciário, infelizmente, não se mostra apto a aplicar a justiça com igualdade. É altamente impiedosa com aqueles de menor poder aquisitivo, que não podem arcar com os ônus de uma boa defesa.
    Tais fatos ferem minha concepção do direito. Como advogada, sempre sofri ao ter que vestir a camisa da minha Instituição(INSS) contra direitos visíveis e gritantes. Fazia a defesa da melhor maneira que me era possível, mas torcendo para perder a causa. Não poderia dormir em paz se estivesse corroborando para a aplicação desvirtuada do direito. E olhe que se tratava de valores pecuniários. Imagine quando se trata da vida e da liberdade de um cidadão.
    Fico entristecida com fatos como o ora ressaltado em seu post e somente me resta pedir a Deus que os profissionais do direito sejam iluminados e guiados pela luz Divina ao proferirem suas decisões.
    Pode ser que com a revisão do Código penal Brasileiro haja estipulação de penas mais justas para cada tipo de crime. Assim espero.
    Tenha um ótimo final de semana.
    Grande abraço.

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  6. Paulo, meu amigo.
    Só para te avisar que estou passando uns dias no Uruguai e ainda não consegui um wi-fi decente por aqui, a conexão não está boa, depois retorno com calma para comentar e apreciar teu trabalho!
    Abração e ótimos dias!

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  7. Por isso sou contra a pena de morte...
    :)
    Quem tem grana tem tudo, compra tudo, pode tudo...
    :(
    "Seria cômico, se não fosse trágico"

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  8. Essa é a nossa realidade. Quanto mais poder tem o infrator, mais bem tratado é. Consegue, obviamente, advogados experientes, verdadeiras raposas, que brincam com as leis, utilizando-se de meios escusos e conquistando benefícios.
    Fiquei pasma com a ocorrência que mencionou. A alegação foi de que era reincidente. Mas merecia fosse apreciado e julgado, tão somente, pelo delito objeto de apreciação judicial.
    Infelizmente, essa descrença na justiça só tem aumentado os abusos e favorecimentos. Por tudo isso, sou totalmente contrária à pena de morte. Não me canso de relembrar o famoso caso dos irmãos Neves. Exemplo de como estaríamos vulneráveis a uma cadeira elétrica, mesmo inocentes. Nós, pobres membros dessa sociedade.

    Bjs.

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  9. Bom post o seu
    Um abraço grande.
    Amandio relações publicas clubnovosautoresblogspot.com

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  10. Em Portugal há um ditado para situações identicas que diz. "Cá como lá camarada"
    Quer isto dizer que aqui é a mesma coisa. Há um politico julgado e condenado há quase 6 anos que devido aos vários recursos e ao tempo que medeia entre cada um deles, está em liberdade. Um sem abrigo que roubou uns chocolates no valor de pouco mais de 10€ foi logo julgado e condenado.
    Um abraço e bom Domingo

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