Três mulheres e um Nobel da Paz

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 Duas liberianas e uma iemenita foram agraciadas ontem (sexta-feira- 07/10) com o prêmio Nobel da Paz de 2011. Ellen Johnson Sirleaf, que é presidente da Libéria, sua compatriota e militante pela paz, Leymah Gbowee e a iemenita, Tawakkul Karman, ativista da chamada, Primavera Árabe. Elas dividem juntas, o mesmo Nobel da Paz. Ellen Johnson Sirleaf, liberiana de 72 anos, entrou para a história em 2005, sendo a primeira mulher eleita como chefe de Estado no continente africano, em um país de quatro milhões de habitantes traumatizados por guerras civis que, de 1989 a 2003, deixaram 250.000 mortos, destruindo suas infraestruturas e sua economia. Desde sua posse, no ano de 2006, contribui para garantir a paz na Libéria, promover o desenvolvimento econômico e social e reforçar o lugar das mulheres naquela sociedade. Leymah Gbowee, também liberiana, é fundadora do movimento pacífico que contribuiu, em particular com a convocação de uma "greve de sexo", para terminar com a segunda guerra civil em 2003. Essa iniciativa original, Lançada em 2002, levou as liberianas de todas as confissões religiosas a negar sexo aos homens até que cessassem os combates, o que obrigou Charles Taylor, ex-chefe de guerra convertido em presidente, a associá-las às negociações de paz. Tawakkul Karman, que é iemenita, foi a terceira mulher laureada com o Nobel da Paz de 2011. Ela teve um papel preponderante na Primavera Árabe. Lutou a favor dos direitos das mulheres, da democracia e da paz no Iêmen. Em 111 anos de existência, apenas 12 mulheres receberam o Nobel da Paz. O prêmio será entregue em Oslo no próximo dia 10 de dezembro, data do aniversário da morte de seu fundador, o industrial e filantropo sueco Alfred Nobel. Parabéns a todas as mulheres na figura representativa dessas três. A humanidade agradece.